sábado, 1 de agosto de 2009

Corprocesso - rascunho

Quando eu fui procurar por aulas de corpo, sabia mais ou menos onde eu estava metendo meu nariz; e precisava, já era hora de de fato trabalhar o corpo, não ignorá-lo nem trabalhá-lo cegamente nos processos que estão vindo. Antes eu acreditava em "conhecer", mas conhecer a gente conhece desde que nasce, conhece no toque, na sensibilidade sexual de todo o tato. Eu realmente fui com o interesse de trabalhar o corpo pra cena, mexer com ele, marcá-lo pra sempre. Consegui. Estou indo, né? Os exercícios começaram por processo coreográfico (Não fui pra "aulas de corpo" como exercício de experimentação especificamente, mas uma oficina de dança ministrada pelo Danilo Bracchi - mas que depois foi se transformando naquilo que eu de fato queria)
Fiz a aula e fui convidado pra voltar e pra participar do novo processo de montagem da então nascente Cia de Investigação Cênica. Foi o ponto de partida pra começar a trabalhar -ainda instintivamente - o corpo na cena já com direcionamentos quanto à objetivos cênicos e dramatúrgicos. É muito difícil trabalhar com a linguagem corporal quando são colocados esses objetivos cênicos, por que pra quem ainda não domina essa linguagem, exprimir algo a partir dela é tão difícil quanto respirar. O processo está em andamento, na verdade preciso me concentrar mais nas minhas impressões...de vez em quando parece que eu não sei exprimir tudo.


O corpo é o grampo retorcido que vai abrir a porta pro resultado.

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