quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Parto de Semente (Continuação)

Alguns dias fui dar uma olhada no vasinho, como costumo fazer sempre. E quando olhei tive uma surpresa agradabilíssima: as sementes haviam parido. E como já estavam bonitas as folhinhas que saiam da mamãe - toda escangotada (Foi parto natural!).
Confesso que nunca tinha visto uma planta nascer assim tão desacreditada, como foram essas Abóboras. É...porque eu joguei sem imaginar, ou até mesmo desejar que elas nascessem, mas apesar disso as Sementes foram corajosas e pariram. Coisa difícil de acontecer hoje.

Estou esperando elas começarem a sorrir pra perguntar se elas querem morar aqui em casa. Estou apreensivo com a plantinha que está debaixo da terra - irritadíssima de tantas férias - fique de conversas de falecida para cima das Abóboras e faça com que elas não queiram vir morar comigo. Ah, duvido muito. Estão começando a nascer dentinhos que desenharão belos sorrisos, que poderão pagar aluguel, férias e 13º para sempre.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Parto de Semente

Eu sempre gostei de ver coisas nascendo: seja lá o que for nascer!
- Filho, saci, Planta, bicho, sol, diabo, planta, planta, planta, mato. (Acho planta mais interessante de se ver nascer, não é que nem a gente que cresce e vai ficando peludo e mal-criado, ela cresce rainha: só querendo fazer a fotossíntese dela lá no cantinho, fazendo mal pra ninguém. Lindo)

Um dia mamãe tava fazendo um purê de Abóbora aqui em casa. Hmmm...Chomp...Glurp. E como nós nos acostumamos a não jogar mais nada que seja resto de horti-fruti granjero (sempre quis usar isso em alguma coisa) no lixo, eu joguei as sementes da dita cuja num vasinho que antes tinha uma plantinha de Férias (Já conto a tragédia dessa) no meu quintal, que é na frente da minha casa, mas não parece jardim, então é quintal. Joguei por jogar, no solo mesmo. Sabe quando você joga assim como se desacreditasse de tudo? Pois é, joguei assim mesmo.

A Tragédia dessa

Tinha uma plantinha morando aqui em casa sem pagar aluguel, mas ela era tão simpática, mas tão simpática que a gente deixava ela ficar no vaso contanto que ela não parasse de rir nunca. E não parava mesmo, quer dizer...comecei a perceber que a luz das telhas transparentes estavam amarelando aquelas folhas simpáticas e frágeis. Eu quase podia ouvi-la me dizer: "Quero férias de sorrir!". Vá tirar, ué.
E levei ela pro quintal na frente de casa. Aos poucos ela foi se aborrecendo com as formigas que queriam morar nela e às vezes faziam tendas para noites nômades com suas folhas, também foi se estapeando com a chuva que ela não era acostumada a levar na cara, com a Mangueira que ficava em cima dela que volta e meia lançava suas folhas anciãs e caquéticas. "Ah, Não". E o sorriso ia desaparecendo. Mas era isso que ela queria: Férias de sorrir! Faz sentido não faz?
Passou dia, que passou dia...e já estavam acabando os dias de aborrecimento merecido da plantinha. Mas...como existes meninas corredeiras de quintal nessa casa, e pior, amigos de meninas corredeiras de quintal que também são corredeiros de quintal. Numa dessas corredeiras por aí, pisaram no vaso que virou de cabeça pra baixo. E cai terra, e cai formiga, e cai plantinha, e essa, até teve tempo de achar engraçadinho o seu jeito de fazer falecer, assim por molecagem, e rabiscou o último riso nos dentes. Foi triste. Depois virei o vaso de volta e a plantinha ficou por baixo, e agora deve estar lá aborrecida com as formigas. Fazer o que? Pelo menos tá ajudando a abóbora a crescer.

Depois eu conto o resto.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Brincar de Viver

Em 2008, completa uma soma de 10. Agora é brincar de viver.
http://www.youtube.com/watch?v=fO2OMVmF3GU&feature=related

domingo, 23 de dezembro de 2007

À vaca do presépio

Tenho que confessar o certo nojo que eu sinto do Natal.
Não tem nada a ver com Jesus Cristo, Maria, José ou com a vaquinha...até me desculpem se vocês estiverem lendo isso aí no Céu, dona vaquinha. Não são vocês. É tudo por aqui mesmo. É mais dentro de mim do que fora, por onde eu ando.
Meu nojo do Natal não é de trauma, não sei ao certo na verdade. Natal nunca foi muita coisa pra mim, e acho que nunca vai ser.
As músicas nas lojas do centro me dão náuseas, elas parecem um rito fazendo todo mundo correr pra se individar, e o pior é que agora as músicas são dançantes e cheias de efeitos. Eca. Eu sei, eu sei...esse papo de criticar o Natal é furado demais, até perdeu a graça, parece coisa de gente que não tem mais o que dizer, aí fica querendo ser do contra...mas esse ano eu estou triste, triste mesmo de verdade. Tem uma goteira de agonia nos meus fios de cabelo, e as gotas estão caindo na ponta do meu nariz onde eu não enxergo o nítido, pra fazer secar essa agonia de uma vez.
Ah dona vaquinha, na minha casa a gente janta e vai dormir no dia 24 de Dezembro. Isso é estranho, né? Nada trágico pra gente aqui.
A Sofia já sabe que é o pai quem compra os presentes. Talvez ela esteja se protegendo do tal Papai Noel, da correria e das musiquinhas chatas que tocam todos os anos...
Vaquinha, eu estou cansado agora. Espero não ter ofendido ninguém por aí. Como eu disse não tem nada com vocês, na verdade nem sei se tem com o Natal. É tudo água salgada que rodeia o meu Navio de Guerra.