quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Fevereiro

Tenho visitado catedrais à todo instante, entrando por cada porta procurando uma idéia ou uma lembrança; é disso que eu me alimento nesses dias de Fevereiro - que são incertos, tanto que quando bem entendem simplesmente escolhem o dia em que vão terminar. Eu sou tantos, e todos os desejos que se desfazem em mim mesmo que eu não me agüento mais, e quando as coisas começam a piorar é nessas catedrais que eu entro pra tentar capturar uma paz, assim como se capturam as borboletas: correr atrás da idéia ou da lembrança. Se sabe que não existe nada mais imbecil, e eu me canso de mim mesmo justamente por só conseguir achar uma dessas idéias ou lembranças...o que eu queria mesmo era achar uma incerteza, ser Fevereiro.

Um comentário:

Delírios de Maria disse...

lindo poema, você tão novo e ja inteirado nas letras.
parabéns, vá ao meu cantinho que tem um poema pra vc.beijos